DESABAFO DE UM INOCENTE - MADALENA CASTRO

DESABAFO DE UM INOCENTE

Lá no coreto da praça
Na mais triste solidão
Tentava me acomodar
Fazendo de cama o chão

Passava um me olhava
Outro nem sequer me via
Ninguém se preocupava
Com o que ali eu sentia

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"preservando os direitos autorais,
colocamos apenas a 1ª folha do cordel."
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A TURMA DO CORDEL - ALLAN SALES

A TURMA DO CORDEL

I
Tem um tal José Honório
Chefe da UNICORDEL
Bota frevo na folia
Mas não vai dançar o créu
Pois trabalha de bancário
De onde tira seu salário
Cordelista e bacharel
II
E José Evangelista
Cordelista meu irmão
Que quando bebe cachaça
Do cordel esquece então
Fez história bem bisonha
Sem viagem de maconha
De Roberto e Lampião
III
Tem seu Pedro meu mentor
É magrelo e não tem banha
Com Alice a companheira
Nossa turma muito ganha
Reconheço seus valores
Vou louvar os seus pendores
Feito a mãe de Pantanha
IV
Professor Meca Moreno
Na FUNDARPE que ele avia
De cordel dando lição
Na sua pedagogia
Pois o Meca professor
Nosso orientador
Que gosta da putaria

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O EXAME DA PRÓSTATA- ALTAIR LEAL

ESTE CORDEL FOI PRIMEIRO COLOCADO
NA II RECITATA
DO FESTIVAL DE LITERATURA DO RECIFE- 2007

O EXAME DA PRÓSTATA
Autor: Altair Leal
I
Vivia no meu cantinho
Levando simples vidinha
Tal qual humilde matuto
Criando pato e galinha
Mas os anos vão passando
As doenças vêm chegando
Pois tenho quase cinqüenta
Tava sentindo “umas dor”
Fui perguntar pro doutor
Que isso que me apoquenta.
II
Eu falei pro meu vizinho
Que durante um certo dia
Fazendo as necessidades
Senti perto da “viria”
Uma dozinha anormal
Lá bem dentro do canal...
O “vizin” disse amigão,
Vá num posto de saúde
Conte o seu caso a miúde
Que o doutor dá solução.

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O SOLTEIRO E O CASADO - ALLAN SALES

O SOLTEIRO E O CASADO- ALLAN SALES

Ter amante casado é um problema
Se a mulher descobrir rola um barraco
Abalar o casório vira um caco
Pros vizinhos será um grande tema
Rola briga tal como no cinema
Um barraco será maior frissom
Se sai tapa ligaram pro COPOM
Dona Penha na lei o põe de costa
Ser solteiro é tão bom mas é uma bosta
Ser casado é uma bosta mas é bom

Mas se tal casamento de harmonia
O casal vai viver felicidade
Respeitando os dois sua vontade
Do parceiro num mar só de alegria
Descobrir tal amor em todo dia
Com glamour feito Evita com Perón
Não vai ter um final armagedom
Satanás vai perder na tal aposta
Ser solteiro é tão bom mas é uma bosta
Ser casado é uma bosta mas é bom

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FERNANDO DE NORONHA - GERALDO VALÉRIO

O Planeta proporciona
Vida, ar puro e beleza...
É o essencial pra viver
Até o pobre tem riqueza
É parar pra contemplar
As maravilhas exaltar
Respeitando a natureza

Conheça as maravilhas
Permita que eu proponha
Senão terá pesadelo
Náuseas e até insônia
Nos extremos leste, oeste
Formosura do nordeste
Seja bem vindo a Noronha!

As nossas belas Ilhas
Obra da natureza
A poucas milhas do Recife
Uma exuberante beleza
Ladeado pelo oceano
Um distrito pernambucano
É ar puro com certeza

Caro leitor amigo
Vou lhe parabenizar
Pela bela escolha
De vir nos visitar
Aqui sinta-se à vontade
Com nossa hospitalidade
Deste paraíso vou falar

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A GUERREIRA DO DIA A DIA - MADALENA CASTRO

A GUERREIRA DO DIA-A-DIA

Desde o começo do mundo
Que somos injustiçadas
Lembram quando Adão pecou
E disse: “A Eva foi culpada” ?
Ela com medo ficou
Assumiu tudo calada

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NORDESTE FALA ESPANHOL - JEAN LIMA

Nordeste Fala Espanhol
Jean Lima


Neste cordel eu vou tentar dizer
O que eu já sabia de có
Que se Vicente Pinzón ficasse
No Nordeste terra do sol
Até hoje o nordestino
Só falava em espanhol.

Iria ter problemas com as letras
Pelos sons serem orais
CE com A CA EME com A MA
Cama sem sons nasais
Porque sem falar pelo nariz
Em espanhol são diferentes as vogais.
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10ª CAVALGADA DE MURIBECA DOS GUARARAPES

10ª CAVALGADA DE MURIBECA DOS GUARARAPES

Eu convido Muribeca
Pois a hora tá chegada
Vem pra festa do Raildo
Que é a mais animada
Até parece o sertão
Com festa de apartação
Mas é a grande cavalgada -êi.

Convido também o jovem
O moço e o idoso...
Vem conosco partilhar
Com esse estilo gostoso
Na Muribeca amada
Prestigie a cavalgada
E esse aboio saudoso -êi.

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SALVE AUGUSTIN FERRANTE

I
O poema se apresenta
Nestas letras de cordel
Paulo Lyra em parceria
Com o poeta menestrel
Pra saudar na poesia
Grande mestre em engenharia
Que exerceu grande papel
II
O CILAMCE homenageia
Grande mestre argentino
Que deixou grande legado
Pioneiro e peregrino
O saber por trajetória
Onde fez a sua história
Palmilhou grande destino
III
Trinta e oito em Buenos Aires
Quando Ferrante nasceu
Filho de um operário
Que a ler tarde aprendeu
Pai Giuseppe italiano
Augustin vem neste plano
Pra um grande destino seu

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NAUTICO - O TIMBU COROADO - Altair Leal

NÁUTICO – O TIMBU COROADO
Obrigado meu leitor
Por este cordel comprar
Venho falar de um clube
Que é primeiro lugar
Pois é forte seu plantel
E aqui neste cordel
Quero homenagear.

Então vamos começar
O mais antigo do estado
Em novecentos e um
Falo do século passado
Na cidade do Recife
Com uma turma de cacife
O meu Náutico foi fundado.


Muitas glórias tem me dado
Várias vezes campeão
Temos o título de hexa
Orgulho da região
Tetra do norte-nordeste
Eita time bom da peste
Este sim é um timão.

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A MORTE DE VIRIATO - ISABEL MAIA

A MORTE DE VIRIATO


VOU CONTAR UMA HISTÓRIA
ANTIGA E VERDADEIRA
DE UMA MORTE INESPERADA
NA CIDADE DE TEIXEIRA
DESDE O SÉCULO DEZENOVE
MATA-SE POR SIMPLES BESTEIRA

SUPÕE-SE QUE EXISTIA
ENTRE DOIS HOMENS UMA INTRIGA
UM CHAMAVA-SE VIRIATO
QUE MORAVA NA CAATINGA
BATISTA O OUTRO HOMEM
ANDAVA COM CERTA GINGA

VOU RELATAR COM DETALHES
UM CASO ACONTECIDO
UM TIRO DE ESPINGARDA
CAUSA ESPANTO E DESATINO
CORREU ENTÃO A NOTÍCIA
VIRIATO TINHA MORRIDO

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PAIS-produção agroecológica integrada e sustentável.

Tive a honra de declamar este cordel em Brasília, no memorial JK.


PAIS
PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA
INTEGRADA E SUSTENTÁVEL.

Quero falar de um projeto
Que é bom para o agricultor
Que beneficiará
O pequeno produtor
Ele é chamado de “PAIS”
Também é simples demais
Dando ao campo mais valor.

Produção agroecológica
Integrada e sustentável
Produtos sem agrotóxicos
Uma vida mais saudável
Legumes com qualidades
Também com variedades
De origem confiável.

Um sistema produtivo
Mais trabalho e alimento
Uma melhor renda no campo
Gera desenvolvimento
Liberdade pra plantar
Qualidade vai brotar
Melhor aproveitamento.

Respeitando a natureza
Aceito culturalmente
De economia viável
Certo ecologicamente
Resgatando a qualidade
De vida da comunidade
E justo socialmente.
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O RATO, O ELEFANTE E A FORMIGA- CORDEL INFANTIL

O RATO , O ELEFANTE E A FORMIGA
ALTAIR LEAL

cordel infantil




EU VOU CONTAR UMA HISTORIA
PRESTE ATENÇÃO AMIGUINHOS
É SOBRE UM ELEFANTE
UMA FORMIGA E UM RATINHO
O DESTINO FEZ CRUZAR
OS TRÊS NO MESMO CAMINHO

ERA UMA VEZ UM CIRCO
QUE AO CHEGAR NA CIDADE
TROUXE MUITA ALEGRIA
BASTANTE FELICIDADE
PALHAÇO, PIPOCA, MÁGICO
E UMA GRANDE NOVIDADE.

ESSA NOVIDADE ERA
O ELEFANTE" TONELADA"
ELE TINHA ESSE NOME
POIS ERA CARGA PESADA
MAS FAZIA SEU TRABALHO
SEM NENHUMA TRAPALHADA.

QUANDO O LOCUTOR CHAMAVA
PRA ELE SE APRESENTAR
"TONELADA" LOGO IA
TROMBA PRA LÁ E PRA CÁ
E COM UMA PATA SÓ
COMEÇAVA A PULAR

PAG.01

O CIRCO TODO FICAVA
NA MAIOR ANIMAÇÃO
"TONELADA" SE DEITAVA
BALANÇANDO O SEU CORPÃO
DEPOIS JOGAVA COM A TROMBA
ÁGUA EM QUEM VIA A ATRAÇÃO.

ERA O MAIOR ESPETÁCULO
TONELADA O ELEFANTE
O QUE MANDASSE FAZIA
PESADO MAS ELEGANTE
E QUEM IA PARA O CIRCO
JÁ SAIA RADIANTE.

POREM A NOSSA HISTORIA
TEM MAIS DE DOIS PERSONAGENS
A FORMIGA "KARIRI"
E O RATINHO "FULERAGEM"
FORMIGA LEMBRA TRABALHO
RATO LEMBRA MALANDRAGEM.

SEMPRE QUE ACABAVA O SHOW
E O "TONELADA" SAÍA
ERA NO OITÃO DO CIRCO
QUE ELE FICAVA E DORMIA
MAS TAMBÉM ALI PERTINHO
ALGUÉM TINHA MORADIA.

ESSE ALGUÉM TINHA UM NOME
SE CHAMAVA"FULERAGEM"
ERA ESPERTO E HONESTO
E CHEIO DE SACANAGEM
COMIA RESTOS DE LIXO
TINHA UMA PÉSSIMA IMAGEM.


CONTINUA!!!!!!!!!!

PAG.02




"AOS POUCOS COLOCAREMOS AS OUTRAS PÁGINAS
O CORDEL TEM 09 PÁGINAS,
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MANIAS DE POBRE E SINTOMAS DE POBREZA- Altair Leal

MANIAS DE POBRE E SINTOMAS DE POBREZA( PUBLICADO EM 2007)

POBRE TEM UMAS MANIAS
QUE MEU DEUS EU NÃO SEI NÃO
EU NÃO SEI SE É POBREZA
OU FALTA DE EDUCAÇÃO
SER POBRE É TOMAR CERVEJA
EM COPO DE REQUEIJÃO

QUANDO A CANETA DO POBRE
DÁ SINAL QUE VAI FALHAR
ELE ARRANJA UMA MANEIRA
PRA VOLTAR A FUNCIONAR
BOTANDO NA PONTA DELA
UM FOQUINHO PRA ESQUENTAR.

SAIBA QUE A MELHOR MANEIRA
PARA UM POBRE CONHECER
AO COMER UM YOGURTE
E A TAMPA ELE LAMBER
ESTECABRA É MUITO POBRE
FAZ POR ONDE MERECER.
* Cordel publicado em Julho-2007, Sucesso de vendas nas bienais 2007 e 2009 e nas feneartes 2008 e 2009 em Pernambuco,
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PRA ORGULHAR NOSSA GENTE PERNAMBUCO TEM SPOK !

PRA ORGULHAR A NOSSA GENTE
PERNAMBUCO TEM SPOK !

I
Tradição modernidade
O passado e o presente
O futuro viu na frente
Toda inventividade
Cultural diversidade
Que aqui se inventou
Vou saudar quem transformou
Jazz com frevo novo invento
Nosso Spok é só talento
Que o mundo consagrou
II
A idéia alvissareira
Que num sax inventivo
Esse cabra criativo
Numa saga pioneira
Que no sax fez carreira
Tradição que ele estudou
E depois ele criou
Pra seguir com novo intento
Nosso Spok é só talento
Que o mundo consagrou
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JOÃO CABRAL DE MELO NETO - Adelmo Vasconcelos

JOÃO CABRAL DE MELO NETO
(O DEPURADOR DAS FORMAS)

Vou falar de um poeta
Um mestre da poesia
Orgulho de Pernambuco
Senhor desta sesmaria
Que tem como sua norma
A depuração da forma
Mais humana, mais sadia.

Foi batizado na pia
Digo seu nome completo
Um autor pós-modernista
Seguro do chão ao teto
Nasceu no mês de Janeiro
O Poeta-Engenheiro
João Cabral de Melo Neto.

Eu sei o ano correto
Que ele veio à vida
1920
Recife bela, querida
Terra para se morar
Agradecer e amar
A alma recém-nascida.
* CORDEL PUBLICADO EM 12.12.200901
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LAGARTO FORASTEIRO DA LÍNGUA AZUL - Leo Zadi

“O chamado chegou!”

Subitamente aparece
Na esquina da aurora
O lagarto forasteiro
Lendo o livro da memória
Esse ser imaginário
Na esquina surge agora

Lagarto da língua azul
Lagarto nome azulado
Lagarto que vem do sul
Lagarto bloco animado
Lagarto léguas do céu
Lagarto tão encantado

Mítico olho do eclipse
Cicatriz do inocente
Tarde do astro lilás
Tarde do sol poente
Veio disposto a viver
O lagarto sorridente

Vem como um sopro trazido
Vem deslizando na esquina
Esse menino arco-íris
Vem cheio de purpurina
Vem alado no mistério
Com a chuva na retina
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UM GENERO PARA O TRATAMENTO DA VARIAÇÃO LINGUÍSTICA- Érica Montenegro

Um gênero para o tratamento
da Variação Lingüística

Ao longo de nossa história
Período de construção
Encontramos diferenças
Que dão vida e emoção
Ao dia-a-dia do povo
Que constrói essa nação

A criança e o adulto
Cada um em seu lugar
Vão mostrando sua cultura
No seu jeito de falar
Em suas vestes, suas músicas
De maneira exemplar

Somos 26 estados
Mais Distrito Federal
Cada um com suas crenças
Construídas, por sinal,
Sem ter tanto parentesco
Com os tempos de Portugal

Diferentes já na música
Também na Religião
Nos modos de se vestir
E de comunicação
O Brasil é um celeiro
De grande variação

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PERNAMBUCO DE FESTAS E FERIADOS- Susana Morais

Pernambuco de festas e feriados ou Mês a mês de tradições
1
Uma vez um certo sábio
Disse que a tradição
Era tudo o que resiste
À memória e o tempo vão
E é por isso caro amigo
Que aqui junto contigo
Narrarei este bordão

2
O Recife é Antigo
Mas assim ele é mais belo
Capital de Pernambuco
Um estado de tutelo
Que abriga em seu seio
Ficção, devaneio
E histórias como um elo

3
Os festejos são diversos
Muita singularidade
Que perdura o ano todo
Sempre com diversidade
Cada qual tem o seu jeito
Muita garra, muito peito
Mas em todos tem vontade
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LUIZ GONZAGA - BIOGRAFIA EM CORDEL- Altair Leal

LUIZ GONZAGA-BIOGRAFIA EM CORDEL

Peço licença aos poetas
Pra falar de um nordestino
O grande Luiz Gonzaga
Que cantar foi seu destino
Fez de sua “Asa Branca”
Para o nosso povo, um hino.

Todo nordestino sente
Orgulho deste senhor
Traduziu como ninguém
Do nordeste seu valor
Com a sanfona e seu gibão
Foi o nosso cantador.

Nascido no ano doze
Treze de dezembro o dia
Na Serra do Araripe
Teve festa e alegria
Na Fazenda Caiçara
Seu Januário sorria.
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A PRINCESA POETISA - Isabel Maia

A PRINCESA POETISA- ISABEL MAIA

À POESIA MINHA GENTE
É MUITO ENCANTADORA
ESCREVENDO EU ME TORNO
BORBOLETA VOADORA
ESCREVEREI PRA VOCÊS
COMO UMA EDUCADORA

SEGUE ENTÃO PARA VOCÊS
CRIANÇAS DO BRASIL MEU
O CONTO DE UMA MOÇA
E DO SOFRIMENTO SEU
QUE VIVIA EM SUA CASA
SAIBAM O QUE ACONTECEU.
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FERNANDO PESSOA- O Multiplicador de Eus -ADELMO VASCONCELOS

FERNANDO PESSOA
(O MULTIPLICADOR DE EUS)

Eu gosto muito de ler
A razão me abençoa
Chego a me alimentar
Da escrita bela e boa
Digo isso com amor
Eu não sou um fingidor
Nem sou Fernando Pessoa.

Ele nasceu em Lisboa
E eu aqui no Brasil
Fernando, autodidata
Poeta épico, sutil
Pessoa multiplicou-se
E também reinventou-se
Ele parece ser mil.

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* CORDEL PUBLICADO EM 11.12.2009"preservando os direitos autorais,
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MEU AGRESTE SAI NA FRENTE/FESTEJANDO A TRADIÇÃO.

I
Na cidade agrestina
Onde pulsa meu Nordeste
Nossa jóia do agreste
Desta pátria nordestina
A cidade nos ensina
O forró bom põe na mão
Reina o xote com baião
Vibra toda nossa gente
Meu agreste sai na frente
Festejando a tradição
II
Um São João bem verdadeiro
Com forró puxando um fole
Onde todo povo bole
O esqueleto por inteiro
Pois não tem forró fuleiro
Temos pife na canção
Bacamarte de pé no chão
Vitalino apois oxente!
Meu agreste sai na frente
Festejando a tradição
III
Festa tem Caruaru
Tradição gente guerreira
Danço eu e danças tu
Força de um mandacaru
Pois resiste com razão
Ao forró dando vazão
Num folguedo bem decente
Meu agreste sai na frente
Festejando a tradição

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colocamos apenas a 1ª folha do cordel."
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1º ENCONTRO DE POETAS DO SERTÃO DO PAJEÚ- Madalena Castro

1º ENCONTRO DE POETAS DO SERTÃO DO PAJEU
EM AFOGADOS DA INGAZEIRA -
30 E 31 DE AGOSTO DE 2009
SOC. DOS POETAS VIVOS DE OLINDA
E UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORES

Com a proteção de Deus
E da Virgem da Conceição
No dia trinta de agosto
Seguia a nossa excursão
Para o Primeiro Encontro
De Poetas do Sertão

Nossa "nave cultural"
Fátima Almeida comandava
E a comissária de bordo
Rosângela lhe assessorava
Se faltasse alguma coisa
Ela providenciava

O poeta Antônio Neto
Cordelista de primeira
Com o seu jeito elegante
Deu início a brincadeira
Que só parou na cidade
De Afogados da Ingazeira

Em seguida, Marylucy
Alegre e bem humorada
Juntamente com Cici
Cantora já consagrada
Comandaram o musical
Mantendo a turma animada

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CONSELHO DE AMIGA - Susana Morais

Conselho de amiga

I
Tenho aqui um desabafo
Pra você mulher amiga
Um conselho vou te dar
Não espero que me siga
Eu só quero que entenda
Sem causar nenhuma intriga

II
Se você ainda sofre
Pelo seu antigo amor
Se ele sempre foi culpado
Dessa sua grande dor
Então caia na real
Recupere seu amor

III
Auto-estima é importante
Erga sempre a cabeça
Não se perca da razão
Peça a Deus que te forneça
Muita fé e paciência
Para tudo que aconteça
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CORDEL DO TRI-CAMPEONATO DO SPORT

CORDEL DO TRI-CAMPEONATO DO SPORT

SPORT 4 x 0 SALGUEIRO
12/01/2008
Bem neste primeiro jogo
Já da primeira rodada
O Leão deu no Salgueiro
Uma linda goleada
O jogo foi quatro a zero
Sem essa de lero-lero
A vitória foi babada.


SETE DE SETEMBRO 1 X 1 SPORT
16/01/2008
O Sport cai na estrada
Para o próximo embate
Contra o Sete de Setembro
Fica apenas no empate
O Leão fez o seu gol
O Sete logo empatou
Após um bate-rebate.


SPORT 3 X 2 CENTRAL
20/01/2008
E no terceiro combate
Jogando contra o Central
O jogo foi lá na ilha
Partida sensacional
Jogo bem equilibrado
Três a dois o resultado
Foi esse o placar final.

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ESPAÑA ( EN VERSOS) Jean Lima

ESPAÑA EN VERSOS


330 MILLONES
HABLAN LA LENGUA DE CERVANTES
CASI TODOS PAISES DE AMERICA
ASI SUS HABITANTES
EM POCO TIEMPO AUMENTARÁ
NÚMERO DE HISPANOHABLANTES

ES LA SEGUNDA LENGUA
IDIOMA INTERNACIONAL
EN LA UNIÓN EUROPEA
ES IDIOMA OFICIAL
IDIOMA DEL MERCOSUR
SE IMPULSO AL FINAL

SESENTA Y CINCO POR CIEN
DE MIAMI, HERMANO
ESTA MISMA POBLACIÓN
QUE NO TIENE ENGAÑO
SON DE VERDADEROS
Y BELLOS DE ORIGEN HISPANO

1



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A VIAGEM PRA BONITO - ISABEL MAIA

A VIAGEM PRA BONITO
Isabel Maia

UM GRUPO FOI CONVIDADO
PRA FAZER UMA VIAGEM
UM DIA ESPECIAL
COM GOSTO DE VADIAGEM

ENTRE NO MEU e-mail
DIZIA A NOSSA AMIGA
VAMOS PARA BONITO
VER CACHOEIRA ANTIGA

O PANFLETO ERA LINDO
HOTEL PRA CAFÉ MATINAL
ECO PARQUE INSTALADO
NO MEIO DO MATAGAL

MATAS FECHADAS, BONITAS
BONITO É O LUGAR
NÃO RECUSE O CONVITE
SEI QUE VOCÊ VAI GOSTAR

MEGA FERIADÃO
UMA TURMA ANIMADA
ACORDAMOS MUITO CEDO
ERA AINDA MADRUGADA

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BOLSA DE MULHER - Allan Sales

Não tem coisa neste mundo
Que guarde tanto segredo
É uma bolsa de mulher
Ela aprende isso bem cedo
Pois a bolsa de uma dama
Quando abre se esparrama
Tem coisa que mete medo

Nem mesmo Padre Quevedo
Consegue adivinhar
O conteúdo da bolsa
Que ela pode guardar
Pois camisinha aí tem
Pra ela trepar com seu bem
Sem medo de embuchudar

E para se maquiar
Tem ruge e tem batom
Chave da casa e isqueiro
Tem chiclete e nego bom
Ali cabe até CD
Um “walkman” pode crer
Para ela ouvir um som
(1)
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ELVIS PRESLEY NÃO MORREU

Elvis Presley não morreu
Autor : Luiz Esperantivo
Caro amigo Bartolomeu
Preste muita atenção
Receba nesse momento
Minha breve saudação
Vou lhe dando a semente
Do amor e da emoção.

Vou começando agora
Ligando o meu motor
Acordando os neurônios
Como humilde escritor
Vou beber inspiração
Dada por nosso Senhor.

Para falar de um homem
Que no Rock fez sucesso
Ganhou fama mundial
Isso a vocês confesso
Esse foi o Elvis Presley
Que na música fez progresso.

Dia oito de Janeiro
Esse jovem então nasceu
Ano de trinta e cinco
Foi assim que procedeu
Estado de Mississipi
Ali então cresceu.

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SEU LUNGA ADOLESCENTE- Isabel Maia

SEU LUNGA ADOLESCENTE
SEU LUNGA ADOLESCENTE
JÁ ERA MOÇO VIRADO
MAS PROMETEU TOMAR JEITO
PRA ISSO TINHA JURADO
ACABAR COM O MAU HUMOR
DEIXAR DE SER UM IRADO

UM MAU QUE É CONGÊNITO
CRIOU RAIZES AFINAL
O RAPAZ IGNORANTE
ACHAVA TUDO NATURAL
E NÃO TEVE NENHUM DOUTOR
QUE REMEDIASSE O MAU

NA FESTA DO PADRE CIÇO
A TURMA DA TELEVISÃO
BEM ANTES FOI ALERTADA
PELO POVO DA REGIÃO
DISSERAM QUE O GAROTO
ERA MESMO UM FURACÃO

01

"preservando os direitos autorais,
colocamos apenas a 1ª folha do cordel."
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UM POUCO DE PERNAMBUCO- Jean Lima

Um Pouco de Pernambuco.
Jean Lima
No Google da Sabedoria popular
Descobri Pernambuco
Bem mais de 6.000 habitantes
Em Recife capital Vuco-vuco
Como dizia a cantiga
Daqui sai trem maluco

187 Municípios
É terra pra gente andar
Vendo cana-de-açúcar
Muita fruta e caroá
Aprendendo que paraná puca
É um nome de tupi-linguajar

D. João III achou o Brasil grande
E tratou de dividir
Capitanias Hereditárias
Começaram a existir
Herança de pai pra filho
Mudou tudo por aqui
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colocamos apenas a 1ª folha do cordel."
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GAIA - Ser corno ou não ser

GAIA- Ser corno ou não ser
Autor: Altair Leal
I
Amigo leitor desculpe
O assunto aqui falado
Esses pequenos detalhes
Que lhes deixo aqui contado
São detalhes cornológicos
No folheto relatado.
II
Não sei se o amigo é corno
Se for desculpe perdão
É que corno é assim mesmo
Tem falta de educação
Diz que todo mundo é corno
Só ele que não é não.
III
Leitor eu sei que você
De corno entende bem
Corno tem de todo tipo
Tem preto e branco também
Corno brabo e corno manso
Corno que vai e que vem.
IV
O corno brabo é aquele
Que ninguém quer escutar
Se falam da mulher dele
Ele logo quer brigar
A sua gaia é tão grande
Não tem mais como cortar.

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JOÃO ENCRENCA E ZÉ TEIMOSO-Madalena Castro

João Encrenca e Zé Teimoso
Voto não é brincadeira

Para quem não me conhece
Eu quero me apresentar
João Encrenca é o meu nome
Não que eu goste de brigar
Porém não leva vantagem
Quem tenta me enganar

Quem tenta enganar o povo
Para mim não tem perdão
Por isso fico estudando
E descubro a solução:
É dar o troco ao malvado
Quando chega a eleição

Quando começa a campanha
Aparecem no lugar
Prometem aos pobrezinhos
As suas contas pagar
Porém depois de eleitos
Desaparecem de lá

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AS QUATRO ORFÃS DE PORTUGAL

Autor: João Melquiades da Silva

As quatro órfãs de Portugal ou
O valor da honestidade

Na capital de Lisboa
Havia uma união
De quatro donzelas órfãs
Sem pai sem mãe irmão
Servindo a moça mais velha
Como mãe de criação

Vitalina era a mais velha
E muito religiosa
Viviam de costuras
Numa vida trabalhosa
Isabel Francisca e Maria
Dada qual mais virtuosa

Vitalina adoeceu
Vendo que não escapava
Chamou logo as três mocinhas
Que em seu poder criava
Para lhes dar um conselho
Que tanto necessitava

Disse ela: minhas filhas
Vocês vivam sem questão
Satisfeitas com a sorte
Trabalhando pelo pão
Nada tendo peçam esmola
Mais não deixe esta união

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aDQUIRA ESTE CORDEL NOS FONES :
081 - 3441.4508 / 8669.5916

MOVIMENTOS SOCIAIS

OS MOVIMENTOS SOCIAS
(A realidade em busca de um sonho)
I

NESSE PAÍS CONTINENTE
DE TERRA PRA MAIS DE MIL
QUE NÓS CHAMAMOS BRASIL
TERRA DE POVO DESCENTE
É TRISTE VER TANTA GENTE
SEM TER CASA PRA MORAR
E MESMO AO LABUTAR
O QUE SE GANHA, SE GASTA,
E AI O SONHO SE AFASTA
MAS É PRECISO LUTAR.

II

REFORMA AGRÁRIA HONESTA
RESOLVE O PROBLEMA CRÍTICO
MAS O GRANDE IRMÃO POLÍTICO
DIZ QUE PRO POBRE NÃO PRESTA
PORÉM PRO RICO FAZ FESTA
BEIJA O LATIFUNDIÁRIO
E O TRABALHADOR AGRÁRIO
SOFRE DISCRIMINAÇÃO
QUEM COLHE E QUEM LAVRA O CHÃO
É TRATADO COMO OTÁRIO.

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O BODE TARADO DE SEU VICENTE

É prazeroso desenvolver uma história que traz lembranças para pessoas, aqui neste trabalho construo versos, tipo cordel, sem a rigidez da métrica, para registrar fatos engraçados que aconteceram na Cidade de Macaparana (PE)

Isabel Maia

O BODE TARADO DE SEU VICENTE
E AS HISTÓRIAS DE OUTRAS CRIAS

NUMA PACATA CIDADE
CHAMADA MACAPARANA
COM OS FATOS ENGRAÇADOS
CONTADOS TODA SEMANA
COMO A HISTÓRIA DE UM BODE
VERDADEIRO “ PÉ DE CANA”

TRÊS BICHOS SUAS HISTÓRIAS,
ASTÚCIA E PRESEPADA
BODE, RAPOSA, UM PINTO
NUMA BOCA COSTURADA
MENINAS PEGAM O BICHO
SEM TEREM MEDO DE NADA

APRESENTO O VICENTE
DONA OLÍVIA E SUA GENTE
UMA FAMÍLIA MUITO FELIZ
COM CRIANÇA INOCENTE
LEMBRAM-SE DAQUELE TEMPO
DE DEUS - GRANDE PRESENTE

A HISTÓRIA DA RAPOSA
COMEÇA NO CANAVIAL
CRIANÇAS OUVEM BARULHO
VÃO AO ENCONTRO AFINAL
PROCURARAM E ACHARAM
TRÊS RAPOSAS NO MATAGAL

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9604.3769 ou 3441.4508.

AS MULHERES DE GONZAGÃO

As mulheres de Gonzagão –
Presença Feminina na vida e obra do Rei do Baião

Rogo à grande Afrodite
Que me dê inspiração
Pra falar do feminino
Na vida do Gonzagão
Nomes fortes de mulheres
Que se tu leitor souberes
Vais ficar admirado
Pelos traços da meiguice
Travessura e meninice
Que nos deu grande legado


Desde cedo no roçado
Com a sua mãe Santana
Soube prece e ladainha
Pra viver légua tirana
Acolhido pelos braços
Maternais como seus traços
Que aprendeu a respeitar
Assim como a Januário
Sua mãe e o rosário
Sempre estavam num altar

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NAS QUADRAS DA ROEDEIRA- Eduardo Viana

NAS QUADRAS DA ROEDEIRA

Sou um homem apaixonado
Por uma ingrata mulher
Por seu amor dominado
Porém ela não me quer

Fui feliz com essa ingrata
E dela vivo lembrado
Hoje a saudade retrata
Um coração desprezado

Por ela sinto paixão
Mas ela me dar revés
Pense numa ingratidão
E multiplique por dez

Numa certa madrugada
Sem destino, ela partiu
Botou o pé na estrada
Nem sequer se despediu

Eu fiquei vertendo prantos
Olhando pela janela.
Nos cobertores e mantos
Só ficou o cheiro dela

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VIDA DE BÊBADO É ASSIM

VIDA DE BÊBADO É ASSIM

Eduardo Viana



A cama velha de palhas
Um cão magro no terreiro
Quatro pintos num poleiro
Um baú cheio de tralhas
Selas velhas e cangalhas
Fuxico e arroto ruim
Trama, barulho e pantim
Garrafa e copo quebrado
Serviço pra delegado
Vida de bêbado é assim.

Goteiras dentro de casa
Por cima do catatau
Coisas velhas num jirau
Fogão de lenha sem brasa
O almoço sempre atrasa
A conversa não tem fim
Montilla, cachaça e gim
Dentro de casa sobrando
Dinheiro sempre faltando
Vida de bêbado é assim.
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O TIGRE E TRIGO - Eduardo Viana

O TIGRE E O TRIGO

Eduardo Viana




Eu crio um tigre enjeitado
Mas o tigre é prezepeiro
Quando passa num roçado
Devora o que tem ligeiro.
Comeu o trigo de Zé
Eu perguntei quanto é
Pode cobrar que lhe pago
Por casa disso não brigo
O tigre estragando o trigo
O tigre do trigo eu trago.


Zé disse: Eu "to" arretado!
Com esse tigre sacana
Comeu o milho plantado
Comeu um pé de banana
Comeu o trigo e a palma
Eu lhe disse: Tenha calma!
Vou lhe pagar o estrago
Por isso não me intrigo
O tigre estragando o trigo
O tigre do trigo eu trago.
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DEUS ME LIVRE DE FAZER

DEUS ME LIVRE DE FAZER

Hoje eu acordei cedinho
Vendo o dia amanhecer
Fiquei deitado pensando
Nossa forma de viver
Com tantas coisas no mundo
Que não devemos fazer.

Nós não devemos beber
Pra depois fazer negócio
Com gente gananciosa
Não deveremos ser sócio
Nem viver de rede armada
A matéria entrando em ócio.

Ter vaidade ou ter rócio
Dizer que sabe brigar
Escolher mulher valente
Pra com ela se casar
Já fiz ma s não faço mais
Pra Deus não me castigar.

Com doido querer brincar
Perder o tempo em comício
Gastar o que tem à toa
Na devassidão do vício
Quem faz assim dar um passo
Pra entrar no sacrifício.

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ISSO SE VER NO SERTÃO DEPOIS DA TERRA MOLHADA

ISSO SE VER NO SERTÃO
DEPOIS DA TERRA MOLHADA

O mote é de Sebastião Dias e João Paraibano.
As estrofes São de Wellington Vicente e Eduardo Viana.

*****************************************

W - Quando o ser Onipotente
Abre a torneira celeste
Minha terra se reveste
De uma cor diferente.
Sapo coaxa contente
Celebrando a trovoada
O tetéu chama à amada
Em cima do paredão.
Isso se ver no sertão
Depois da terra molhada.

E - A cabra lambe um cabrito
Num recanto do chiqueiro
Nas pedras do tabuleiro
Enxadeco faz atrito
Um cordonis solta um grito,
Voa um espanta boiada.
Ouve-se o pai da coalhada
Pra quem não sabe: é trovão.
Isso se ver no sertão
Depois da terra molhada.

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BISACO DE SERTANEJO- Eduardo Viana

BISACO DE SERTANEJO

Inspirando o pensamento
No que vi e no que vejo
Quero falar numas coisas
Que há muito tempo desejo
Recordando o que tem num
Bisaco de sertanejo.

Bugigangas no varejo
Lá dentro tem mais de cem
Quando ele vai leva muito
Trás muito mais quando vem
Dentro do bisaco dele
Nem ele sabe o que tem.

Leva porção de xerém
Pra botar pra passarinhos
Oração pra se livrar
De intrigas de vizinhos.
E guarda pedras de figo
Encontradas nos caminhos.

Carrega também espinhos
Pra tirar pulga - de - bicho
Na hora que a bicha coça
Que ele sente o comicho.
Vai tudo no seu bisaco
Bem guardado com capricho.

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AS MEIZINHAS DE VOVÓ(SEGUNDO MEU PAI)

AS MEIZINHAS DE VOVÓ
(segundo meu pai)

Vovó morreu faz cem anos
A matéria virou pó.
Residiu pelo Agreste
Cariri e Moxotó.
Vou ver se conto a metade
Das meizinhas de vovó.

Comentam no Seridó
E pelo sertão inteiro
Que ela curava tudo
Só com remédio caseiro
Usando a boa vontade
Sem precisar de dinheiro.

Curava impinge e unheiro
Inquizila, estalicido
Vista cansada, soluço
Estopor, ventre caído
Tosse de cachorro doido
Tirissa e pé desmentido.

Curava de dor de ouvido
Tersol, lêndea e pé rachado
Fadiga, pipoca roxa
Caganeira e bucho inchado
Vazamento do oiti
Esquecimento e puxado.

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VIAGEM A SÃO LEAFAR

VIAGEM A SÃO LEAFAR (viagem imaginária)

Autoria: Damião Metamorfose e Eduardo Viana (Meio doido meio poeta).

Este cordel foi escrito virtualmente de forma inédita, pois os autores nada ensaiaram e nem se conhecem. Apenas raciocinaram em cima das sextilhas um do outro, via Orkut.

Dam. - Cansado da vida dura
De seca e sol causticante
De trabalhar e não ter
Direito a esse montante
Resolvi correr o mundo
E me tornei retirante.

Edu. - E no mormaço escaldante
Parti da minha terrinha
Levando um preá assado
E três cuias de farinha
Com um matolão nas costas
Deixando tudo que tinha.

Dam. - Bebi água na quartinha
E afiei minha faca
Cortei palha pro cigarro
De fumo de Arapiraca
Beijei o meu patuá
Arribei com minha maca.

Edu. - Botei pólvora na matraca
Meditei, respirei fundo
Dei um giro na bengala
Como um certo vagabundo
Senti o vento soprando
Na camisa volta ao mundo. 01

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UM AMOR POR UM CORDEL- 1º cordel de Daniella Almeida

I
Certo dia me encantei
"Prum" caboclo delicado
De voz doce e discreta
Um completo apaixonado
Gente boa pra me amar
E também pra ser amado

II
Mas uma antiga paixão
O impede de encontrar
Sua musa verdadeira
Um amor além do mar
Pra durar a vida inteira
E assim dele cuidar

III
Sua graça de menino
E também de cabra macho
Romantismo exagerado
Que em banana encontra em cacho
Me fizeram enxergar
No escuro o seu facho

IV
Um pequeno grande homem
De um metro meia nove
Não é um metro e setenta
Como às vezes ele promove
Que importa sua estatura?
Se o seu jeito me comove.

"Preservando os direitos autorais,
colocamos apenas a 1ª página no site.
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AS AVENTURAS DE UMA CORDELISTA NA BOLIVIA- DANIELLA ALMEIDA

As aventuras de uma cordelista na BOLÍVIA


O que é seguir sozinho
Quando estamos pelo mundo?
Conhecemos muita gente
Tentamos ver o profundo
O que vale é ousar
Nessa vida bem a fundo


São chamados mochileiros
Quem viaja alternativo
Sem precisar de agência
Seja por qualquer motivo
Com as mochilas nas costas
Sendo um ser mais ativo


A Bolívia é um bom lugar
Pra fazer um mochilão
Só ou junto com amigos
Muitos vão por emoção
Bom mesmo é aproveitar
Tudo com o coração.


Minha primeira parada
É Santa Cruz de La Sierra
Aeroporto Viro-Viro
Meio pacato uma quimera
Mas é nele que espero
O outro dia sem “pilera”

01

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O ENCONTRO DE DUAS ALMAS GEMEAS - Daniela Almeida

O encontro de duas almas chamadas Gêmeas -
Autora: Daniella Almeida

O dito popular diz
Que não é fácil encontrar
O amor da sua vida
Aquele bom pra lascar
Batizado de alma gêmea
Quase tudo a combinar

Tem gente que acha cedo
Outros que encontram tarde
E ainda tem aqueles
À procura da igualdade
Pra entregar seus sentimentos
A uma alma de verdade

Pra reconhecer tal alma
Não precisa teoria
Basta só você olhar
Desejar com pontaria
Pra sentir no coração
Verdadeira simpatia

01
PRESERVANDO DIREITOS AUTORAIS
COLOCAMOS NESTE SITE ,
APENAS A PRIMEIRA FOLHA DO CORDEL,
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011.6689-8961 OU 081.86695916